terça-feira, 6 de maio de 2014
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Como ganhar cartoletas e aumentar o patrimônio

 

Empenho e bons conhecimentos sobre o futebol do Brasileirão são essenciais para fazer uma boa campanha no Cartola FC. Porém, existe uma regra básica para evoluir com sucesso no jogo: austeridade financeira. Cuidar do patrimônio e buscar o ganho de cartoletas é muito importante, principalmente nas primeiras rodadas, que é quando se definem os maiores ganhos.

Quando iniciamos nossa participação no Cartola FC, temos um patrimônio de C$100,00, que pode ser aumentado no desenrolar do jogo através da valorização dos jogadores escalados. O aumento do patrimônio nos permite formar melhores escalações e com isso buscar altas pontuações. Contudo, nem todos conseguem entender claramente a dinâmica do ganho de cartoletas, e acabam por verem seus times à beira da falência.

A valorização de jogadores no Cartola FC é um assunto muito importante, e seu entendimento se torna fundamental para a sobrevivência de nossos times. Vamos fazer então uma pequena retrospectiva sobre o assunto para entendê-lo melhor.

Em entrevista exclusiva ao Cartoleiros, Andre Cintra (Novas Mídias/Sportv) assegurou que a fórmula matemática que rege as variações de preço no game, continua mantida no mesmo formato estabelecido em 2010, que foi quando ocorreu um pacote de alterações estruturais no Cartola FC. A direção do jogo se reserva o direito de manter em sigilo a fórmula do algoritmo de flutuação de preços dos jogadores, pois julga que esse tema é parte fundamental das discussões que envolvem o game.

A atual fórmula do algoritmo, que norteia o sobe e desce de preços dos jogadores, foi implantada em 2010. Na época, Newton Fleury, gerente de desenvolvimento de produtos do Globoesporte.com, falou com exclusividade ao Cartoleiros sobre o comportamento da flutuação de preços, e colocou questões importantes que devem ser observadas principalmente na primeira rodada:

Newton Fleury, o Dr. Cartola
"Os cartoleiros mais experientes sabem que uma boa gestão financeira nas primeiras rodadas é fundamental para uma boa campanha ao longo do campeonato. A sabedoria popular aponta que a partir das 140 cartoletas o custo do jogador deixa de ser relevante e o cartoleiro pode então se dedicar a maximização de pontos, sem se preocupar tanto com as oscilações de mercado. Para tal, é necessário entender como se comporta o sistema de preços do cartola, um dos maiores mistérios do game.

O sistema de preços do cartola foi evoluindo quase que ano a ano até chegar no formato atual, que foi a maior mudança desde a criação do Cartola e permanece inalterado para essa temporada. Procuro aqui explicar de maneira geral o algoritmo empregado e sugerir algumas estratégias mais seguras, mas o preço final é baseado em tantas variáveis que é impossível para um ser humano prever o novo preço de um jogador mesmo após a apuração de sua pontuação na rodada.

Em primeiro lugar, é importante esclarecer: não há deflação ou inflação no cartola. Ou seja, o somatório do preço de todos os jogadores sempre permanece o mesmo após a atualização da rodada. Então, mesmo numa rodada hipotética onde todos os jogadores façam boa pontuação, alguns necessariamente irão se desvalorizar.

A variação de preços é fruto da combinação de múltiplas variáveis. Basicamente o sistema pondera a pontuação da rodada de cada jogador com a média de seus preços ao longo da temporada para criar um índice que recalcula os preços de todos os jogadores, assegurando que o somatório de todas as valorizações e desvalorizações sejam sempre iguais a zero.

Na prática, o que acontece?

1 – Na primeira rodada, há forte tendência (mas não garantia) de que os preços mais extremos se aproximem da média. Ou seja, espere mais desvalorização de jogadores acima de C$20,00 e mais valorização naqueles com preço inferior a C$5,00;

2 – A medida em que o game avança, as oscilações tendem a ser mais suaves. Mudanças bruscas a partir da metade do campeonato geralmente acontecem em funções de atuações exageradas, positivas ou negativas;

3 – Até 2009, uma forte queda numa rodada significava grande chance de subida na próxima. Desde então, fortes quedas nas rodadas iniciais têm grande impacto na média de preço e podem apresentar viés de queda nas rodadas subsequentes;

4 – Aposte pelo menos em dois ou três jogadores com menos de 3 cartoletas na primeira rodada. Podem ser valiosas fontes de valorização sem precisar de uma atuação espetacular;

5 – Não use todo seu orçamento. Nas rodadas iniciais, onde a volatilidade dos preços é maior, guardar algumas cartoletas nos cofres pode ser prudente num caso de tudo dar errado."

Na primeira rodada, o mais importante é focar no ganho de cartoletas através da escalação de jogadores mais baratos. Os maiores ganhos de patrimônio virão atrelados às maiores oscilações de preço do mercado, que são provenientes dos jogadores mais baratos que tiverem boa atuação na rodada de estreia. 
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Na segunda rodada temos uma particularidade. As observações realizadas nas últimas temporadas nos mostram que os jogadores que tiveram preço valorizado na primeira rodada apresentam viés de valorização também na segunda rodada. Da mesma forma, jogadores que tiveram preço desvalorizado na primeira rodada apresentam viés de desvalorização também na segunda rodada. Nesse momento não podemos cair no erro de pensar que jogadores que tenham sofrido grande desvalorização na primeira rodada, sejam as melhores opções para altos ganhos de cartoletas na segunda rodada. O que afirmamos pelas observações já feitas, e colocamos de forma mais direta, é:

1) Jogadores que tenham sofrido alta valorização na primeira rodada possuem tendência a manter a valorização, mesmo que mínima. Ou ainda, na melhor das hipóteses, uma manutenção de seus custos ou leve desvalorização. Isso desde que não façam uma pontuação negativa muito alta. 
2) Jogadores que tenham sofrido alta desvalorização na primeira rodada possuem tendência a manter a desvalorização, mesmo que mínima. Ou ainda, na melhor das hipóteses, uma manutenção de seus custos, ou leve valorização. Isso desde que não façam uma pontuação positiva muito alta. 
3) Para os cartoleiros que tenham pouco patrimônio, jogadores com baixo custo e baixa média de pontos consolidada, devem ser as melhores possibilidades de ganho de cartoletas para a segunda rodada, desde que pontuem bem (pois não existe mágica!). O que é média consolidada? No momento é a pontuação obtida na primeira rodada, já que ela é a única. Resumindo, para todos entenderem: jogador barato, que não sofreu alta valorização ou desvalorização na primeira rodada, deve valorizar se alcançar uma grande pontuação na segunda rodada.  
4) Os cartoleiros que alcançarem um bom patrimônio após a primeira rodada, algo na casa de 120 a 130 cartoletas, podem efetivar apostas em jogadores que tiveram alto índice de valorização na primeira rodada, sem riscos de grandes desvalorizações dos mesmos. Não acontecendo nenhuma catástrofe, o jogador deve, no mínimo, não desvalorizar.


E depois disso, o que muda em termos de valorização de jogadores para a terceira rodada? Quase nada! Afinal, o algoritmo matemático do Cartola é o mesmo em todas as rodadas, da primeira à trigésima oitava. Ainda poderemos notar viés de alta ou queda em jogadores que apresentarem alta valorização ou desvalorização na segunda rodada. O que muda, é que o preço médio e a média de pontos do jogador começam a ser consolidados, e dessa forma, as variações de preço começam a se tornar menos drásticas.

Não sabemos em que exatas proporções influem o preço médio, a média de pontos e a pontuação da última rodada no cálculo do preço final do jogador. À medida que o preço médio e a média de pontos do jogador forem convergindo a uma determinada faixa, a tendência é que a (des)valorização do mesmo seja muito influenciada pela sua pontuação na rodada. Geralmente, à partir da quarta rodada, a pontuação na rodada passa a ser a grande responsável pela flutuação dos preços. 
Pense em acumular patrimônio principalmente nas três ou quatro primeiras rodadas do game, e à partir daí você já poderá usar seu poder de fogo em busca de maiores pontuações. Para usuários que entram em rodadas mais avançadas, o ideal é apostar em jogadores mais baratos, que estejam desvalorizados e que possuem potencial de pontuação na rodada em questão. 
Vale ressaltar uma questão muito importante, e que consideramos primordial para quem quer ganhar cartoletas: tudo o que colocamos aqui não terá validade se os jogadores escolhidos não pontuarem bem. Portanto, antes de qualquer coisa, é preciso pensar em escalar jogadores que tenham reais chances de pontuar. É equivocado, por exemplo, escalar um jogador que tenha tendência à valorização (pelos seus números atuais), se ele vai encarar um jogo muito difícil numa rodada. Ele pode até não desvalorizar, ou ainda valorizar uma migalha, mas grandes ganhos com ele serão mais difíceis.

Se você busca ganho de cartoletas, tente unir o útil ao agradável. Busque apostas com chances de ganhos maiores, que virão atrelados a uma boa pontuação. Não existe mágica, e às vezes pode não existir lógica. A mecânica da valorização, que tem sua fórmula guardada a sete chaves, nos faz caminhar na penumbra. Então, um passo de cada vez para não tropeçar naquilo que não se vê.

Sobre obter boas pontuações, é uma questão de empenho, observação e sorte. Quando escalamos, antes de mais nada, estamos fazendo apostas. E apostar não significa ganhar! De qualquer forma, entender a matemática do jogo facilita as coisas, e esse é o nosso papel. A grande sacada do Cartola está em proporcionar uma mistura de sensações, da euforia à raiva, que nos empurram a fazer melhor a cada rodada. Essa é a graça do jogo! Busque o crescimento do seu time, mas jogue acima de tudo pelo prazer. O resto é consequência.

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